domingo, 28 de junho de 2009



Michael Jackson que me desculpe, mas em matéria de andar para trás, ninguém bate a dinastia Sarney.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cordel Marxista

“Desde o dia em que inventaram
Por ganância, por maldade,
Pela força e violência
A tal da propriedade,
Suprimido o aconchego,
Nunca mais houve sossego
Na história da humanidade.”
Medeiros Braga




*Medeiros Braga – Economista, Romancista, poeta e técnico de campo junto a pequenas comunidades rurais.


Download do cordel em formato PDF em : http://www.4shared.com/file/109897529/67b331e8/Cordel_A_Origem_da_Riqueza.html

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Marxismo: questões essênciais

Será o lucro igual à mais-valia?
O lucro e a mais-valia não são iguais há uma diferença qualitativa entre eles, a mais-valia indica a origem, ela é uma categoria que, por definição, é resultado de parte do valor que foi criado e não foi paga ao trabalhador (quem gera a mais-valia é o trabalhador e quem se apropria é o capitalista). O lucro é o resultado do investimento, o cálculo que se faz para obtê-lo é a taxa de lucro e esta reforça a ilusão de que o lucro é resultado de todo o capital investido. Para o empresário o seu lucro provém do investimento, quando isto acontece a mais-valia assume a forma transfigurada de lucro, ou seja, produto do investimento. Esse é o problema que obscurece, impede de certa forma a observação da valorização do capital, ao final do processo produtivo a mais-valia vai reaparecer juntamente com o montante inicialmente investido, dando a entender que foi todo o capital que produziu o excedente econômico. Na realidade a mais-valia é um dado, o excedente do preço de venda da mercadoria sobre o preço de custo e sua origem mergulha no mistério.

O salário é o preço do trabalho?

Aparentemente sim, os agentes econômicos têm essa ilusão na cabeça, mas segundo a grande descoberta científica de Marx o salário na sua essência não é o preço do trabalho e sim da força de trabalho. Contudo essa categoria aparente é tão forte que os governos martelam na cabeça de todos que o mercado é um “mercado de trabalho” impedindo assim de se descobrir e desmistificar que o real é que o mercado é de força de trabalho. Para o sistema é preciso esconder a essência, ou seja, a origem da produção da riqueza, o segredo da mais-valia, qualquer que seja a forma de trabalho ela contribui para empurrar na cabeça das pessoas que o que elas estão vendendo é o trabalho e não a sua capacidade de trabalhar. Só se vende e se realiza o trabalho depois que se realiza o contrato (venda da F.T.), aliena-se o valor-de-uso da força de trabalho que é justamente trabalhar e produzir, criar valor e mais valor no processo de produção. Embora na aparência o fenômeno econômico da remuneração salarial nos induza à pensar que o trabalhador vende trabalho, o trabalho humano é de duplo aspecto: abstrato (cria valor) e concreto (transfere valor), ao mesmo tempo em que o trabalhador transfere valor da parte morta, ele está criando uma coisa que não existia antes.

De onde vem o lucro?

Para o capitalista o seu lucro vem de todo o capital investido, o que os agentes econômicos vêem são as formas de manifestação dos fenômenos (aparência). O lucro do capitalista provém de ter para vender algo que não pagou. Quem o produz é o trabalhador que materializou trabalho - vivo (mais-valor) no produto, podendo o capitalista vendê-lo por um preço maior do que está contido no produto. O problema que obscurece, impede de certa forma a observação da valorização do capital, é que a força de trabalho é um elemento do custo de produção sujeita às contas dos capitalistas, no final o lucro surge como algo misterioso que veio de fora da empresa.