domingo, 19 de julho de 2009

Indústria têxtil sofre queda nos lucros


A indústria têxtil chinesa anunciou um declínio nos lucros no período de janeiro a novembro de 2008, como resultado da contração da demanda no mercado internacional. Empresas têxteis chineses registraram lucro de 104.200 milhões de iuanes (cerca de US$ 15 milhões) nos primeiros 11 meses de 2008, representando uma queda de 1,77% durante o mesmo período de 2007, de acordo com fontes do Bureau Nacional Estatísticas (NBS).
"Esta é a primeira vez que a indústria têxtil do país registrou um declínio nos últimos dez anos", disse Wang Qianjin, editor-chefe do site.
No Brasil a crise internacional também afetou a indústria têxtil, mas especificamente o setor algodoeiro, que sofreu uma redução de 23% na área plantada este ano e vai perder cerca de 400 mil toneladas na produção em relação a 2008.
– Pelo menos metade dessa redução é em função da crise e a outra metade em função da queda da produção brasileira – disse a jornalistas o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha.

Frente a essas duas notícias relacionadas com a atual crise mundial e suas consequências sobre as industrias têxtil de algodão, está o fato de que esse tipo de indústria é a segunda que mais polui o nosso planeta, perde apenas para a indústria de celulose. O fato mais lastimável que ninguém sabe é que chega-se a se usar o "agente laranja", poderoso herbicida e desfolhante usado em grandes quantidades durante a Guerra do Vietnã, para se facilitar a coleta do algodão. Em contato com esse herbicida, injetado no ar, o algodão simplesmente cai no solo sem precisar colhe-lo manualmente da planta. Logo após vem uma máquina e através de sucção vai coletando todos que se encontram no solo.
Portanto não é preciso nem dizer o quanto que pessoas que moram perto de zonas de colheitas de algodão estão sujeitas a gravíssimo perigo de vida. A indústria têxtil, pela sua alta capacidade de devastação da natureza fará com que, no futuro, roupas feitas de algodão sejam bens de luxo, nao estando assim acessível à maioria da população.

O agente laranja contém um dos mais fortes venenos existentes, uma variação da dioxina chamada TCCD. Após desfolhar a floresta, a dioxina espalha sua toxina pela cadeia alimentar - o que tem gerado vários defeitos de nascença, nos vietnamitas.

Marxismo questões essênciais.

Porque a categoria custo de produção esconde o processo de valorização?
A categoria custo de produção não é uma categoria de valorização, são conceitos do capitalista que não permite explicar como o valor das coisas é criado, a única informação que o conceito de custo de produção oferece é o preço mínimo que o capitalista pode vender o produto a fim de readquirir as condições para voltar a produzir. Para o capitalista o que custa o seu produto são: o salário do trabalhador, as matérias-primas e as máquinas, que irão materializar-se no corpo do produto. Ele vai ao mercado vende seu produto e recebe mais por isso, atribuindo à esse efeito a remuneração do seu investimento, o lucro surge como algo misterioso que veio de fora da empresa. Portanto custo de produção é um aspecto ilusório de uma categoria de valor da valorização. Esta consiste no processo de criação do valor novo, como é que a riqueza cresce, quando o valor novo é gerado e qual é o mecanismo que faz com que a riqueza que se produz a cada dia seja maior do que a riqueza que se produziu anteriormente.

Porque o capital fixo e circulante esconde o processo de valorização?
C.F e C.C são categorias empresariais e não da economia política, os capitalistas observam dentro da fábrica a maneira como aparentemente os vários componentes do seu investimento se comportam na hora da produção, e esta classificação não permite saber qual é a parte do capital que gera valor novo. Derivados do capital despendido para produzir mercadorias e entrando na proporção de suas respectivas magnitudes (C.F entra parcialmente no P.C e C.C é consumido por inteiro). Cria-se uma diferença, sob o ponto de vista do cálculo do P.c, mistificando o processo de valorização, pois demonstra apenas a sua origem aparente, ou seja, o custo para os capitalistas dos elementos de produção despendidos, inclusive a F.T, que classificada como Capital circulante é, no tocante à formação do valor, identificado com o capital constante.

Porque a taxa de lucro esconde o processo de valorização?
A taxa de lucro exprime outra mensuração da mais-valia, tomando por base o valor da totalidade do capital, em vez de o valor de parte do capital, trocada pelo trabalho e da qual a mais-valia deriva diretamente em virtude dessa troca. Embora iguais a taxa de lucro difere quantitativamente da taxa de mais-valia, dissimulando a sua origem. A maneira como a mais-valia se transforma em lucro decorre da inversão do sujeito-objeto no processo de produção. Não podendo o capitalista explorar o trabalho sem adiantar o capital constante e nem valorizá-lo sem adiantar o capital variável, parece-lhe que ambos são iguais. Ele ilude-se ao pensar que a proporção real de seu ganho provém de todo o capital (taxa de lucro) e não da relação deste com o capital variável (taxa de mais-valia).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Desigualdade intra-regional

Durante anos o Nordeste reclamou do desequilíbrio regional (das instâncias que existe deste com o Centro-Sul do país) e hoje vemos as distâncias se aprofundarem internamente. É a chamada desigualdade “intra-regional” – Processo de desenvolvimento das economias mais ricas, concentradas rigorosamente nas regiões metropolitanas.
A PB, por exemplo, não está somente cada vez mais distante das economias dos Estados do Sudeste e Sul do país, mas também do desempenho econômico dos Estados como BA, RN e CE. Na última década essa disparidade econômica se aprofundou e tornou-se mais visível, mas nenhum governante dos Estados afetados e empobrecidos levantou essa bandeira de luta.

O “favorecimento histórico” já dura quase 30 anos de três Estados (BA,PE e CE); quando soma-se o PIB desses três Estados juntos, vemos que ele representa 65% da economia Nordestina. Só o PIB da BA (R$90,9 milhões) é maior do que a economia de MA, PI, SE, PB, RN e AL juntos.
Os baianos, pernambucanos e cearenses vêm abocanhando uma média de 30% a 40% dos investimentos para a Região NE, ou seja, há fluxo de investimentos privilegiados para esses três Estados.

O Governo Federal tem de assumir uma postura e defender que os investimentos não se limitem a apenas determinados Estados. Caso contrário estará estimulando a construção de dois Nordestes: o dos Estados ricos e o dos Estados pobres.
Os reflexos dessa desigualdade intra-regional podem ser também explicados pelos investimentos do BNDES, que os concentrou nos três Estados mais fortes do NE.
É preciso desconcentrar o desenvolvimento, descentralizar a renda e permitir que haja um equilíbrio mínimo entre os investimentos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cordel: O mito da caverna

"As sombras que assistimos
Nos jornais, televisão,
São tão fortes que tirando,
Sem sentirmos, a razão,
Nos conduzem, sem farol,
A negar o nosso herói,
A aplaudir um vilão."



Medeiros Braga



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