quarta-feira, 15 de julho de 2009

Desigualdade intra-regional

Durante anos o Nordeste reclamou do desequilíbrio regional (das instâncias que existe deste com o Centro-Sul do país) e hoje vemos as distâncias se aprofundarem internamente. É a chamada desigualdade “intra-regional” – Processo de desenvolvimento das economias mais ricas, concentradas rigorosamente nas regiões metropolitanas.
A PB, por exemplo, não está somente cada vez mais distante das economias dos Estados do Sudeste e Sul do país, mas também do desempenho econômico dos Estados como BA, RN e CE. Na última década essa disparidade econômica se aprofundou e tornou-se mais visível, mas nenhum governante dos Estados afetados e empobrecidos levantou essa bandeira de luta.

O “favorecimento histórico” já dura quase 30 anos de três Estados (BA,PE e CE); quando soma-se o PIB desses três Estados juntos, vemos que ele representa 65% da economia Nordestina. Só o PIB da BA (R$90,9 milhões) é maior do que a economia de MA, PI, SE, PB, RN e AL juntos.
Os baianos, pernambucanos e cearenses vêm abocanhando uma média de 30% a 40% dos investimentos para a Região NE, ou seja, há fluxo de investimentos privilegiados para esses três Estados.

O Governo Federal tem de assumir uma postura e defender que os investimentos não se limitem a apenas determinados Estados. Caso contrário estará estimulando a construção de dois Nordestes: o dos Estados ricos e o dos Estados pobres.
Os reflexos dessa desigualdade intra-regional podem ser também explicados pelos investimentos do BNDES, que os concentrou nos três Estados mais fortes do NE.
É preciso desconcentrar o desenvolvimento, descentralizar a renda e permitir que haja um equilíbrio mínimo entre os investimentos.

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