domingo, 19 de julho de 2009

Marxismo questões essênciais.

Porque a categoria custo de produção esconde o processo de valorização?
A categoria custo de produção não é uma categoria de valorização, são conceitos do capitalista que não permite explicar como o valor das coisas é criado, a única informação que o conceito de custo de produção oferece é o preço mínimo que o capitalista pode vender o produto a fim de readquirir as condições para voltar a produzir. Para o capitalista o que custa o seu produto são: o salário do trabalhador, as matérias-primas e as máquinas, que irão materializar-se no corpo do produto. Ele vai ao mercado vende seu produto e recebe mais por isso, atribuindo à esse efeito a remuneração do seu investimento, o lucro surge como algo misterioso que veio de fora da empresa. Portanto custo de produção é um aspecto ilusório de uma categoria de valor da valorização. Esta consiste no processo de criação do valor novo, como é que a riqueza cresce, quando o valor novo é gerado e qual é o mecanismo que faz com que a riqueza que se produz a cada dia seja maior do que a riqueza que se produziu anteriormente.

Porque o capital fixo e circulante esconde o processo de valorização?
C.F e C.C são categorias empresariais e não da economia política, os capitalistas observam dentro da fábrica a maneira como aparentemente os vários componentes do seu investimento se comportam na hora da produção, e esta classificação não permite saber qual é a parte do capital que gera valor novo. Derivados do capital despendido para produzir mercadorias e entrando na proporção de suas respectivas magnitudes (C.F entra parcialmente no P.C e C.C é consumido por inteiro). Cria-se uma diferença, sob o ponto de vista do cálculo do P.c, mistificando o processo de valorização, pois demonstra apenas a sua origem aparente, ou seja, o custo para os capitalistas dos elementos de produção despendidos, inclusive a F.T, que classificada como Capital circulante é, no tocante à formação do valor, identificado com o capital constante.

Porque a taxa de lucro esconde o processo de valorização?
A taxa de lucro exprime outra mensuração da mais-valia, tomando por base o valor da totalidade do capital, em vez de o valor de parte do capital, trocada pelo trabalho e da qual a mais-valia deriva diretamente em virtude dessa troca. Embora iguais a taxa de lucro difere quantitativamente da taxa de mais-valia, dissimulando a sua origem. A maneira como a mais-valia se transforma em lucro decorre da inversão do sujeito-objeto no processo de produção. Não podendo o capitalista explorar o trabalho sem adiantar o capital constante e nem valorizá-lo sem adiantar o capital variável, parece-lhe que ambos são iguais. Ele ilude-se ao pensar que a proporção real de seu ganho provém de todo o capital (taxa de lucro) e não da relação deste com o capital variável (taxa de mais-valia).

Nenhum comentário:

Postar um comentário